RIBEIRA DE MUGE, UM TESOURO NATURAL
Distância: 11,3 km;
Duração: 4h;
Grau de dificuldade: Fácil.
Localização: Marianos - Casal da Tira
Ponto de partida: Casal da Tira no largo junto à ribeira
Coordenadas gps-wgs84: 39.179478, -8.471476
Este percurso decorre junto da ribeira de Muge, um dos afluentes do rio Tejo e nos campos circundantes compostos por montados de sobro bem conservados e uma várzea fértil com boa aptidão agrícola.
O ponto inicial no largo junto à ponte do Casal da Tira oferece fácil estacionamento e serviço de restauração no local. O percurso segue pelo lado poente pela rua principal do povoado. Uma típica aldeia rural com as suas casas térreas, anexos agrícolas, hortas e pomares. Também os pequenos vinhedos para produção própria marcam a paisagem. No final do casario e do troço em asfalto todo o restante percurso é em terra. Depois destes mil metros iniciais são os sobreiros que começam a dominar a paisagem.
No início do estradão de terra não vire á esquerda e siga sempre em frente durante uns seiscentos metros. Na indicação "ponto de água” vire à esquerda.
Depois desta parte inicial plana começa a ascensão até ao ponto mais alto. Todo este troço é feito no meio de um montado de sobro onde o canto de muitas aves florestais é uma constante. As florestas de sobro da Península Ibérica constituem um habitat ideal, proporcionando alimento e abrigo para muitas espécies animais, estando registadas neste ecossistema mais de cento e sessenta espécies de aves, trinta e sete espécies de mamíferos e vinte e quatro espécies de répteis e anfíbios.
A meio da subida, do lado direito fica uma pequena charca onde alguns animais se deslocam para beber sendo possível observar alguns mamíferos como a Raposa ou Javali (Sus scrofa)
Aqui o caminho bifurca devendo seguir pela direita.
Passados uns quinhentos metros e próximo do cume o caminho entronca numa outra estrada. Aqui siga pela esquerda. Este troço é feito entre duas manchas florestais contínuas. Aqui existem várias ramificações mas siga sempre pela direita mantendo do lado esquerdo um montado disperso e do seu lado direito um pinhal mais denso. Aqui nesta zona é possível encontrar vários medronheiros (Arbutus unedo).
Passados uns novecentos metros vire à direita e continue a subida pelo meio do pinhal. Depois de uns 150 metros vire novamente à direita e siga sempre a estrada principal ao longo da cumeada agora mantendo o pinhal do seu lado direito e uma zona de charneca à sua esquerda.
Nesta parte mais alta, em dias de boa visibilidade é possível avistar Almeirim, Santarém e a serra de Aire. Também é um bom local para ver grandes águias como a Águia-d’asa-redonda (Buteo búteo) ou a Águia-cobreira (Circaetus gallicus) que como o nome indica se alimenta principalmente de répteis, especialmente cobras mas também lagartos.
Ocasionalmente pode caçar pequenos mamíferos e raramente aves ou insetos.
Passados uns mil e duzentos metros vire à direita e atravesse o pinhal. Depois deste ponto o percurso começa a sua descida até à ribeira de Muge e ao montado disperso. Após uns cem metros, quando o caminho bifurca siga pela direita e volvidos mais uns cem metros vire à esquerda. Percorra uns cento e cinquenta metros e tome novamente a esquerda.
Passados mais uns cem metros na bifurcação tome novamente a direita e siga sempre em frente por uns quatrocentos metros até ao parque de merendas das Fazendas de Almeirim.
Aqui existe uma nascente que alimenta a fonte de Vale d´Água e várias mesas que convidam ao descanso. Muitas são as aves que aqui ocorrem como o Chapim-real (Parus major). Estando junto à fonte existe do seu lado esquerdo uma pequena lagoa e na sua frente a vegetação da ribeira. Siga um pequeno trilho e atravesse uma pequena ponte pedonal para a outra margem. Aqui vire à direita. Agora de regresso ao ponto de partida o percurso volta a ser sempre plano ao longo da ribeira de Muge e da sua densa galeria arbórea.
Siga sempre em frente junto à ribeira de Muge tendo do seu lado esquerdo vários campos agrícolas, pomares e vinhedos. Esta várzea é muito fértil e propícia à agricultura pois devido ao baixo declive, em épocas de cheia, o curso do rio extravasa as suas margens originais e inunda os campos adjacentes.
Irá atravessar uma estrada alcatroada e vários caminhos surgem à sua esquerda mas siga sempre em frente. Passados uns dois mil metros a estrada parece acabar e virar à esquerda. Neste ponto siga em frente por um trilho fechado no meio de densa vegetação mantendo a linha de água à sua direita.
Passados uns duzentos metros volta a encontrar uma estrada de terra. Continue em frente tendo à sua esquerda um campo vedado, por vezes com animais.
Passados uns setecentos metros irá encontrar uma estrada alcatroada. Aqui vire à direita, passe a ponte e está no ponto de partida.